Review- Love Hina

Love Hina, foi um enorme sucesso mundial e provou que
mesmo uma comédia escrachada pode render uma história
agradável e que não agride os neurônios!

A história é uma variante do manjado "Cara fracassado, mas
gente boa, que não pega ninguém e de repente encontra o amor
e então vira gente". No caso é a história de Keitaro Urashima,
vestibulando que ter entrar na Toudai (Tokyo Daigaku, a Universidade
de Tokyo) pra cumprir uma promessa que ele fez a sua amada quando
eles tinham 3 anos. No caso, ele nem se lembra pra quem era a promessa...
Ele, para estudar, se muda pra pensão da avó, Hinata, que virou um dormitório feminino. A avó, que nunca aparece de verdade, deixa a pensão sob responsabilidade do Keitaro que vira gerente do local. Vira e mexe ele acaba, sem querer, pegando as meninas da pensão sem roupa ou apalpando algo nelas... e levando porrada na volta.

O manga de Love Hina, nunca foi um "projeto ambicioso" e talvez esse tenha sido seu maior trunfo. A interação do protagonista com as moradoras é incrivelmente fluída, mesmo com as piadas e situações forçadas. As moradoras são um capítulo a parte, sendo que cada uma tem seu charme e seus pontos fracos, a ponto de algumas terem muitos fãs mesmo não sendo protagonistas...

Na falta de um capítulo dedicado a elas, deixemos um parágrafo... enfim, temos a protagonista Naru Narusegawa, vestibulanda e coincidentemente possível garotinha da promessa. Ela é legal, bonita, inteligente, e vive dando porrada no Keitaro, mas no que se refere a namoro é bem indecisa. Mitsune Konno (vulgo Kitsune) sacana e melhor amiga de Naru, é quase a única que sabe o que quer da vida (no caso, viver de bicos e se divertir bebendo e apostando em cavalos). Motoko Aoyama, sucessora do estilo Shinmei de luta de espada, séria e sobrecarregada pelo excesso de responsabilidade de sua posição, além de complexada com a irmã mais velha. Shinobu Maehara tímida, prendada, e bonitinha (apesar dela não se achar bonita), é bem popular pros otakus lolicons por aí afora, é a típica colegial reprimida de mangás e por fim Kaola Su estudante estrangeira (de um país fictício da Índia) é doida, cheia de energia, genial e muito sem noção.

Nesse momento vale comentar que podemos avaliar o sucesso dessas personagens pela gigantesca quantidade de mangás amadores (doujinshi) baseados nos mangás, onde praticamente todos os personagens tem seu lugar ao sol.

Além delas o mangá conta com ótimos coadjuvantes como Seta Yasunori professor da Toudai e antiga paixão de Naru e chefe do Keitaro, Sara McDoughal "filha" do Seta e amiga de zoação da Kaola, Haruka Urashima tia do Keitaro que cuida de uma casa de chá perto da pensão e com um passado misterioso junto com Seta, Mutsumi Otohime, vestibulanda avoada, de saúde frágil e também possível garotinha da promessa e Kanako Urashima, a meia-irmã do Keitaro, introvertida e meio tarada pelo irmão e só aparece na parte final do manga.

Em Love Hina temos também a presença da mascote Tamago (vulgo Tama-chan), tartaruga voadora (?) e amigável, que dá um charme especial e aconchegante ao manga (pousando na cabeça ou ombros dos personagens) ás vezes parecendo inteligente e muitas vezes sendo considerada mais legal que os próprios personagens.

O manga, além disso, tem coisas legais como mostrar locais e costumes reais do Japão e o cuidado com os cenários faz com que nos familiarizemos com a pensão e os quartos das personagens, além de outras tranqueiras, como a Mecha-Tama e o Seta-móvel!

Já o anime de Love Hina, a meu ver, foi uma enorme decepção em comparação ao manga. A história foi comprimida e dividida de maneira estranha em série de TV, OVAs e especiais de natal e primavera, perdendo a sensação de continuidade e familiaridade. Muitas piadas foram contidas (agora todas tomam banho de toalha) e foram inseridos alguns enredos sentimentalóides que só ajudaram a quebrar mais ainda o clima (caso dos episódios da Naru virar estrela de TV e do sonho RPG da Motoko), deixando a série realmente forçada.

Em compensação, o anime ainda conta com trilha sonora decente (aberturas cantadas pela Megumi Hayashibara) e dublagem muito boa. Mas alguns sons cômicos atrapalham um pouco.

Em resumo, o manga Love Hina é uma experiência divertida e agradável. Tecnicamente falando, tem excesso de quadrinhos, mas um ótimo "timing" de comédia o que deixa a leitura suave! Está dentro da minha lista de "obrigatórios" pela desenvoltura da história, engraçada, dinâmica e com boa dose de sensibilidade!

Já o anime, vale como complemento ao manga. Fora isso, é uma comédia qualquer com boa dublagem... na dúvida... evite.

(imagens do site: www.lovehinagallery.com)

1 Comentário:

Unknown disse...

Poxa, muito legal a review. Love Hina se não um dos primeiros, foi um mangá que me marcou. A história e personagens são marcantes até hoje.

Gostei de ver sua review que não analiza apenas a história, mas pontos técnicos e personagens!

Sempre que puder, poste mais, estou em busca de novos mangás/animes.

Postar um comentário