Bamboo Blade - O menos é mais!

De uns tempos pra cá tenho notado que são raros os animes que
 eu realmente curto, de fato, a cada 10 só curto uns 2 ou 3 e mesmo
 algum que ache realmente bom é difícil... mas meus problemas acabaram...
 ou não... de qualquer forma, um dos que realmente curti recentemente foi
 Bamboo Blade!

Rápido recap da história, professor tosco faz uma aposta com seu sempai (veterano) onde se seu clube de kendo vencesse ele ganharia um ano de comida grátis no restaurante de sushi, mas o clube só tem duas minas e só uma delas ainda aparece pra treinar. Então por acaso eles descobrem Kawazoe Tamaki uma baixinha que é excelente em kendo (melhor até que o próprio professor) e aos poucos juntam as cinco membros necessárias pra uma competição por equipes... ufa...

Aqui já tenho o primeiro ponto legal que é... a história pode ser contada assim... é a história sobre o clube de Kendo da escola Muroe, que com a chegada de Tama-chan, Miya Miya e Satorin se torna um clube forte e compete nos campeonatos da região... Ou podemos contar assim... é a história de Tamaki, que após insistência do professor e instrutor entra no clube de kendo e cresce com o contato com os outros membros e com as várias competições, que a fazem ver várias outras formas de encarar o kendo...

Bem, em resumo, a história apesar de simples, possui uma profundidade muito maior que a média, o mesmo em relação aos personagens que interagem de maneira bem natural segundo suas personalidades, onde vemos que mesmo todos sendo amigos, as duas veteranas Kirino e Saya são mais amigas uma da outra enquanto a Miya Miya e a Satchin também tem maior afinidade...

E... ah... O QUE É KENDO? Isso é outra coisa bem legal desse anime... mesmo que você não saiba nada sobre kendo, você acaba aprendendo muito a ponto de curtir uma luta de verdade ou até querer praticar... mas apenas pra explicar, kendo (o caminho da espada) é o esporte de lutas com espadas de bamboo baseado nas técnicas de espadas dos samurais... existem diferenças entre kendo e kenjutsu, mas isso nem quero entrar pra não complicar.

Voltando ao anime/manga, a história no fim, segue mais ou menos o jeitão, anime de esporte, onde encontramos adversários que depois viram amigos, outros que jogam sujo, outros que só pensam em ganhar por orgulho próprio, personagens fracos mas super esforçados, etc... o que a faz ser melhor que as outras histórias do gênero? Comédia simples e eficiente, ritmo bem cadenciado de narrativa, mas o que mais curti foram os “personagens cativantes” e o toque de realidade onde, como em Slam Dunk, quase tudo que ocorre no anime pode ser feito na vida real. Por exemplo, ser a única do time a nunca vencer deixa a Miya Miya frustrada (nada de efeito dragon ball, onde Yamcha e Kuririn estão lá só pra apanhar e tudo bem pra eles)... e quando ela decide que precisa vencer uma rival ela treina forte, mas nada de técnicas mirabolantes, ela corre pra aumentar o fôlego e até assiste vídeos da rival pra entender sua técnica...

Outra coisa que me faz curtir muito esse anime é que os personagens tem vida além da escola! O professor tem problemas de se mostrar um “adulto independente”, Kirino é a mais velha de uma família dona de uma loja de salgadinhos então ela tende a ser mais responsável por isso, Satori tem problemas de concentração então quando não esta treinando esta estudando, Miyako trabalha meio período e ainda mora sozinha com a irmã o que a torna mais madura o inverso de Tamaki que sempre foi antisocial e quietinha e algo bem bolado, ela adora Tokusatsu (na dúvida, veja o texto sobre tokusatsu daqui do blog) em especial um super sentai chamado Blade Braver, e o fato dela curtir isso influencia muito o jeito dela! Inclusive um dos prêmios que ela ganha do professor é um VideoDisk do filme Macross (minha série de anime favorita) Ai oboeteimasuka!!!

Bem, que a história é boa, acho que já deixei claro... mas o anime vs manga? Vejamos... ainda estou lendo o manga, mas até onde eu vi tirando pequenas mudanças (ela não ganha o VD do Macross) o manga e o anime seguem a mesma história, onde o anime praticamente é o manga animado. Em termos técnicos, fora a história, o manga é bom, mas nada espetacular em termos gráficos. Mas continua com seu ritmo excelente na comédia.

A anime, é bem feito, mas também em qualidade padrão, longe da beleza de um K-on... as vozes são 90% ótimas, tirando uma loira do time do senpai... a trilha sonora, no entanto... vejamos... que tipo de música você imagina que combina com luta de espadas? Alguém achou que música de trompete e samba gringo combinavam... no início dói, mas depois agente se acostuma...

pausa pra vocês pensarem piadas no duplo sentido em relação a última frase...

Retornando, a música funciona bem, mas sendo sincero, a melhor música que tem é a abertura do Blade Braver... então, se a melhor música é de um seriado fictício dentro do anime e juntando ao fato de parecer só terem 3 músicas no anime inteiro... direi que nesse quesito a coisa vai mal... mas não ofende...



E pra encerrar... Eu curti muito esse anime... se você curte animes de esporte, comédias de flashes do dia a dia, Tokusatsu ou animes de luta não muito exagerados, é provável que você pelo menos goste de Bamboo Blade!

Pontos extras por haver menções a Nintendo DS, PSP, Sega Saturn, MegaDrive e Snes!

»»Leia mais...

Nichijou... aquele que parece, mas não é!

Começando uma nova seção do blog,
 “eu já vi isso em algum lugar”!



Inaugurando com, nichijou!!!






Nichijou é um anime da Kyoto Animatio, baseado em um manga de 4 quadros de mesmo nome. Se você curte animes baseados em flashes do dia-a-dia, provavelmente você dirá “o que raios a Osaka tá fazendo aí???”. Se não entendeu, Osaka é a personagem mais popular do super popular anime Azumanga Daioh... E da mesma forma, você vai ter impressão de que Tomo, Sakaki e outros personagens também estão lá... além de outros personagens de outros animes do gênero.

Ok... então antes de acendermos nossas tochas e sairmos em fúria, botemos as coisas no lugar. Nichijou tem o estilo de desenho e animação que segue a seguinte fórmula Azumanga + Lucky Star + K-on = Nichijou. Segundo detalhe, todos os citados da fórmula são partes de um mesmo gênero, então é óbvio que irão compartilhar trocentas semelhanças. Mas no fim, Nichijou não é uma cópia deslavada desses outros animes... É ALTAMENTE copiado, mas não deslavadamente!

Bem, vamos comentar e então vai ficar mais fácil entender como funciona...

Primeiro... a história... além do óbvio “mina (Miyo) que vai a escola e convive com suas amigas” também temos um segundo núcleo narrativo composto de Nano (a Osaka clone) Hakase e seu gato falante. Nano é uma robô e a Hakase que a construiu tem oito anos e age como tal(não sei se hakase é o nome ou profissão, já que significa “professor” ou “cientista provavelmente louco” por esses lados)... Imagino que a essa altura, já tenha dado pra entender que o treco é non-sense e nada linear, ainda mais se você (assim como eu) começar a assistir pelo episódio 0!

Então como nem adiante tentar aprofundar muito na história, alguns exemplos: Diretor da escola lutando com um viado (animal) no pátio da escola e finalizando ele com um back suplex (um golpe de luta livre)! Nano descobre que entre seus muitos acessórios (instalados sem que ela note) no bom sentido, ela possui um braço que contém rocambole (não sei o que você pensou, mas me refiro ao doce\bolo)! Um dos alunos vai de bode pra escola... montado no bode...

Quanto a arte, não há muito que falar além daquela fórmula lá em cima... alta qualidade e altas cgs da Kyoto Animation + estilão Azumanga de ser...

O som... digamos que é o mais elaborado dos animes do gênero, sendo todas as músicas orquestradas, talvez uma tentativa de usar o estilo Ghibli (de a Viagem de Chihiro e o Castelo Animado)... MAS o ruim é que não combina direito com grande parte das cenas, que na minha opinião eram mais condizentes com um silêncio dramático ou uma musiquinha mais leve... E graças a variedade de tons e repertório, é difícil você ter alguma música marcante...

Em compensação as vozes estão ótimas! Bem dirigidas e totalmente de acordo com o jeitão de cada personagem (é incrível como conseguem fazer a frase “Hakasenyan” seguida de “Isso é moe” repetidas umas 4 vezes ser bonitinha e não irritante)!



E o mangá? Na verdade, dessa vez não li e só dei uma olhada... parece ok, sem mudar muita coisa em relação ao anime.

Muito bem, e então?

Nichijou, é uma cópia? Não... mas que é altamente “inspirado” em outros animes isso é... o que é ruim, porque, no meu caso, você espera algo da Osaka na Nano ou da Chiyo na Miyo, ou até da Konata na Miyo e quando elas fazem algo menos legal que suas inspirações, você (ou eu) se decepciona.

Outro problema de Nichijou é que é o mais novo anime da Kyoto Animation, que em sequência emplacou Fullmetal Panic, Shakugan no Shana, Suzumiya Haruhi, Lucky Star e K-on, todos sucessos e todos muitos bons (apesar de eu não curtir Shana, no bom sentido, e Haruhi), então se espera algo ótimo de Nichijou! O que infelizmente digo... não é o caso.

Então... é uma cópia? Foi a bola fora da Kyoto Animation? É uma droga? Não pra todas as perguntas!

Nichijou é bom, mas acaba não sendo ótimo, exatamente por parecer outros animes e no fim nada ter a ver com nenhum deles... É engraçado, mas nem tanto quanto Lucky Star (e nem tem as piadinhas de otaku), é bonito, mas não tanto quanto K-on e principalmente não tem a graciosidade de Azumanga por ser muito irreal... E chutando o pau da barraca... seu non sense não é tão non sense quanto FuriKuri e nem é tão engraçadinho quanto School Rumble... MAS é um anime bom!

Então concluindo... FAÇAM MINHAS AULAS DE MANGÁ! ops... ok, concluindo, Nichijou é um bom programa se você quer um anime leve e bonitinho (diria um moe non sense) que não exija pensar demais... Vale a pena assistir, mas não espere muito dele. Se quer “algo mais” prefira ver os que mencionei... Se tivesse que dar uma nota de zero a dez, daria 7,5!

»»Leia mais...