Revendo os Reviews 2011!

Novamente mais um ano se passou e cá estou eu

novamente aqui repensando o que disse e adicionando

comentários extras ou comentando outras furadas ou coisas do tipo...

Cgs e afins - Bem, agora estou acostumando com meu tablet e tenho feito

alguns trecos legais... no entanto, fico com a sensação de que é um pouco de trapaça...

Ademais, acrescento como exemplos de utilização de tecnologia, os animes da Marvel (IronMan, Blade e outros) e Tiger and Bunny... que me faz pensar, quer goste ou não parece que armaduras serão sempre em cg daqui pra frente... e o manga Negima, que usa modelos em 3ds (que nada tem a ver com o 3d dos cinemas) pros cenários, com efeitos bem interessantes, quem diria... parecem trapaça!

Praga do politicamente correto - E eu repito, estamos rumando de volta a ditadura... Rafinha Bastos do CQC, foi cortado do programa e processado por fazer piada (infeliz) num programa humorístico... E junto ao politicamente correto, temos a politica anti-pirataria que se importa apenas com as empresas ganharem até a última gota de dinheiro com seus produtos... por que eu trago isso a tona? Porque muitos dos vídeos que postei junto as matérias, simplesmente foram apagados por “violação de direitos autorais”... O que me deixa abismado também com a burrice empresarial... Eles pagam milhões em propaganda, mas apagam “propaganda” grátis... Se fosse um episódio completo, vá lá, mas deletar videos com aberturas ou cenas do anime é pura burrice... E por essa abordagem burra e superficial é que enquadro essas ações anti-pirataria como politicamente correto.

Dez programas que odeio/não odeio na TV aberta - Bem, a Globo perece que quer me fazer falar mal deles... Neste ano, além de confirmar as coisas ruins que falei dela (como premiar Zorra Total, e o Video Show ficar cada vez mais medíocremente puxa-saco) a emissora ainda foi acabando com as coisas boas que comentei sobre ela... Então, eu falei do bom jornal local, esse ano trocaram a dupla de apresentadores (que tinham uma quimica boa na tela) por um único cara sem graça... se falei bem da novela das 18:00, enfiaram uma novela horrivel com personagens tão artificiais quanto suco em pó! Ainda resta o Globo Reporter e o Fantástico... espero que não terminem “atualizando” eles pra pior como fizeram com muita coisa esse ano!

Elas são totalmente diferentes, afinal Satellizer (á esquerda)
usa óculos... de vez em quando!

Freezing - Eu havia comentado como Freezing parecia com uma salada de fruta... e reparei outra semelhança pior ainda! A personagem principal... é praticamente idêntica a outra mina de Sekirei! Não apenas na aparencia, mas também no fato que ambas são fortes, mas não as mais fortes e ambas são anti-sociais! Enfim, então uma das últimas coisas “originais” de Freezing já era... e nessas eu digo, preferi ver Sekirei!

Praga do politicamente correto 2... mais anti-pirataria - Ainda nesse assunto, depois da lei em Tokyo, agora corre nos EUA, um projeto de lei que simplesmente permite a empresas fecharem sites inteiros, excluindo IPs, sem nenhuma burocracia ou processo legal, desde que alegue “violação de direito autoral”... O que seria isso? Um caso interessante... uma empresa musical, deletou um vídeo popular no youtube, que tinha um bebê dançando... alegação, ele dançava ouvindo a música deles... Ridículo? É, mas é um fato... Agora se essa lei passar, a tal empresa pode tirar do ar o Youtube inteiro por um video... Obviamente, que youtube não sairá do ar, porque a Google É uma grande empresa, mas blogs, sites de animes, sites de downloads, torrents, sites de videos serão facilmente exterminados... Se acham que isso não é censura digna de ditadura, eu não sei o que é!

Vim, vi e venci - Esse ano não participei de nenhum concurso... mas aos que se perguntam se sou bom professor de manga informo que um dos premiados desse concurso é meu aluno Thomas Oka! Eu diria dois alunos, mas um deles resolveu virar “estrela” e ficou fazendo frescura de eu mencioná-lo... Enfim... sendo meu aluno... fico contente por ele e orgulhoso como professor! Caso se interessem... vai o link http://www.bunkyo.bunkyonet.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1285%3Apremiados-premio-literario&catid=80%3Anoticias-2011&Itemid=122&lang=br e na página há um pdf dos trabalhos

Super Robo Wars-OG Divine Wars - Só pra comentar, após ver todo o anime vejo que a história vai muito mais além e fica muuuuito mais confusa... mas se pensar novamente, fica mais fácil simplesmente curtir o anime sem pensar na história... resumindo ela em... primeira saga=guerra civil, segunda saga=humanos vs aliens... Tem toda uma conspiração, mas no geral o que interessa mesmo são os combates e explosões...

Tiger and Bunny - Comentei no review que um dos motivos pra eu gostar do anime era que era “baseado” na NBA, e mencionei que dela veio o conflito de gerações e o presidente Maverick... sendo que o cara parece o Presidente da NBA e seu nome é um time da NBA, o Dallas Mavericks, campeão da ultima temporada... uma nota curiosa que reparei agora é que o Dallas MAvericks É um “conflito de gerações” com o time que disputou as finais do campeonato o Miami Heat... e ambos os times caem muito bem nas descrições de Tiger (um veterano, de capacidade reconhecida, mas que nunca conquistou um titulo) e Bunny (um jovem promissor e foco de toda mídia e que todos contam como maior potencia do esporte)... Coincidência? Sei lá!

E, concluindo minhas impressões desse ano que passou...

É impressão minha ou nos ultimos anos tivemos a moda dos “pactios”? Parece que vários animes agora contam com algum tipo de cerimônia para se formar um vinculo entre os heróis (graças a Deus entre herói e heroína)... Ok, isso não é novo, sempre houve o pacto de sangue que podia ser a assinatura com sangue, ou a troca de sangue ou até a mordida de um vampiro... mas atualmente muitos animes tem usado isso e trocado o sangue por outros fluidos corporais... no caso... a saliva (não sei o que você pensou), pois a moda é pacto com um beijo ou algo semelhante... exemplos? Negima, Freezing, Soul Eater, Sekirei, Zero no Tsukaima, Akikan... Graças a Deus esse tipo de ritual não foi extendido ao pokemon... espero...

Vendo os ultimos sucessos do cinema e de mídias em geral, eu imagino o quão mal vão as coisas... Estamos optando por quantidade em vez de qualidade... grandes filmes vinham no máximo em trilogias que vinham em anos... agora temos filmes com 7 partes... e no caso de Crespúsculo, várias partes de puro vácuo... Clássicos foram “remodelados” e agora Sherlock Holmes é duro de matar... e os 3 mosqueteiros são Jackie Chan regado a explosões... (já que estamos na onda, por que também não desenterramos os corpos dos autores e os usamos como bonecos de carnaval?)... Infelizmente essa tendência também vem nos animes e mangas... Rebuild of Evangelion... felizmente não é ruim... mas sequências vazias e remakes já pipocam por aí... K-on teve uma sequência fraca... Zero no Tsukaima já era fraco ficou com um dos piores finais que já vi... Agora resolveram fazer Rurouni Kenshin (Samurai X) e Ranma ½ Live Action... Aparentemente 2012, nesse sentido parece ser o fim do mundo... Deus nos proteja...

De bom pro ano que vem... Pelo menos o setor “manga” continua bem... Com bons lançamentos por aqui... mas vejamos como o Tsunami e a tal lei politicamente correta em Tokyo afetarão o mercado a longo prazo.

Feliz 2012 pra todos!

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Guia Básico de Mangás Traduzidos- pt03 (C e D)

Continuando com meu guia de mangas trazidos ao 

Brasil e que eu li...

Crying Freeman - Pra muita gente esse foi o começo do gosto

por mangas. Crying Freeman como história é relativamente simples,

mas a execução é excelente. Trama de mafiosos, violência explícita e

sexo quase explícito na história de Freeman, um cara comum que foi 

escolhido pra ser um super assassino da máfia chinesa... pela forma que ele

luta e o tema de submundo do crime, tenho impressão que esse manga teve muita

influencia no Demolidor, o que não seria de se espantar pois este ganhou seu estilo atual via Frank Miller, desenhista que é amplamente influenciado por mangas dessa época! Esse eu recomendo!

Chobits - Totalmente oposto de Crying Freeman, Chobits é uma comédia romântica com toques de filosofia e ficção científica Clamp, ou seja, a filosofia é fraca e a ficção nada tem de científica... A história é reciclada de video girl Ai com toque pedófilo onde o protagonista encontra uma robo (algo comum nesse manga) no lixo e a ativa e passa a ensinar tudo pra ela, que no começo só sabe falar Chi (pronuncia-se Tchi) e rola um romance... mas ela tem um segredo! Ou seja, nada de novo... o maior comentario sobre Chobits é que é um romance tão açucarado e meloso que pode causar diabetes... No entanto, é um manga legal pra se ler.



Cowa - Li muito pouco desse e li em japones... basicamente uma tentativa de “reviver” o estilão de fantasia infantil do Akira Toriyama (Dragon Ball). O que li achei chato.

Cavaleiros do Zodiaco - Aqui serei bem sincero ao comentar, não li muita coisa da fase pré-santuário. Mas enfim... CDZ acho que todos já tem uma noção da história, mas vamos lá “Atena esta em apuros, Seya, Shiryu, Hyoga, Shun e Ikki, cavaleiros de bronze vistam suas armaduras e desçam a porrada em todo mundo na sua frente”. O desenho em si é horrível, mas depois de algum tempo dá uma melhorada, em especial por causa das armaduras, mas o ponto positivo a se ressaltar é que o roteiro faz mais sentido no manga do que no anime. Fora isso as lutas e dialogos continuam forçados e melodramáticos... Vale a lida pela curiosidade e valor cultural, pois tecnicamente é apenas um fast food velho e meio ultrapassado.

Cavaleiros do Zodíaco Saga G - Assim como StarWars, CDZ volta ao passado e retrata a luta entre os cavaleiros de ouro e Hades. Nota... de fato, esses sim são cavaleiros do zodíaco pois representam os signos zodiacais e o “G” acho que se refere ao ouro (Gold em inglês)... A história é simples e direta e o que interessa esta lá... os cavaleiros de ouros detonando inimigos! A arte feita por outro desenhista é meio esquisita mas bem cheia de personalidade, mas acho que ele peca por dois motivos... muita cg e muitos detalhes poluindo a cena... Basicamente, se curte CDZ e em especial os cavaleiros de ouro esse é um manga ótimo, se curte mangas de lutas é um manga bom... enfim, acho que vale a pena dar uma olhada nesse!

Chrono Crusade - Como li muito pouco dele falarei pouco... É tudo bom, raramente ótimo e raramente ruim... a boa história onde uma jovem freira doida e seu parceiro demonio estão a procura de um demoniozão e o irmão da freira. Rola romance trágico onde Chrono (o demonio bonzinho) pode usar seus poderes via pacto com Roset (a freira), mas isso encurta a vida dela... No geral, é um bom manga pra acompanhar! Em nada tem a ver com os jogos Chrono Trigger nem Chrono Cross!

Claymore - O melhor pro final. Claymore é um caso raro de união de fast food com underground 

com bons resultados. Essa fantasia medieval conta a história de Claire uma claymore em busca de vingança contra um monstrão. Claymores são mulheres que caçam youmas, monstros poderosos que devoram humanos. No entanto, as Claymores são hibridas, meio humanas meio youma e por isso tem poderes especiais, mas se exagerarem podem perder o controle e se tornarem monstros piores que os Youmas. Em termos técnicos eu resumo esse manga a “feito com dedicação”... A história é bem cuidada, onde os furos são tapados com revelações surpreendentes, os personagens tem personalidades próprias e tecnicas variadas onde invariavelmente você acaba curtindo alguém... e ótimos vilões... Mas só não espere comédia ou coisas bonitinhas... Fora isso, um otimo e dinâmico manga!

Indo então pro D...

Dark Angel - Uma prova da falta de cultura de muitos otakus brasileiros é não conhecerem Kia Asamiya, mesmo conhecendo algumas de suas obras (como Corrector Yui, Nadesico e Silent Möbius). Dark Angel, é uma dessas obras... e... infelizmente não a melhor dele... A história começa bem, quatro reinos comandados por quatro guerreiros sagrados, um morre e o protagonista tem que ir ao reino central para ser “coroado”... Boa história de fantasia... MAS, Dark, o protagonista é um idiota, seguido por uma fada guia irritante e encontrando personagens legais ou estúpidos... e a coisa descamba de vez quando eles encontram robos (estilo exterminadores do futuro) e estes lutam em um coliseu no meio do deserto (meio oriente médio) e a entra mina meio Kamen Rider... E com falta de lógica no balanço de poderes e falta de graça nos heróis o fim só podia ser um: O MANGA PARA NO MEIO DO CAMINHO!!! ele acaba no nada!!! E piorando tudo, o que se salvava que era a arte... também é enormemente prejudicada pela péssima impressão nacional... De boa, o autor refez a série do zero e a publicou nos EUA colorida... vá atrás dessa que ganha mais... se não, compre apenas pra adicionar um pouco mais de cultura mangástica, fora isso caia fora!

Death Note - Um super manga!!! Quase isso... Arte excelente, talvez uma das melhore da atualidade, enredo desafiador e plot original. Um moleque genio encontra um livro da morte, onde a pessoa que tiver seu nome escrito nele morrerá da forma descrita. Então o jovem Light sai matando bandidos a distância. Trava-se então uma batalha de mentes entre Light e o super detetive L... (parente de Kal L?) Enfim, incrível... mas chega um ponto que acho que falaram pro autor “tá dando grana, aumente a história” então a coisa fica tosca... É o cara passando o caderno pra frente, empresários, mafiosos, misseis... L morre e entra Mello e Near... e a história começa a ficar meio chata... Eu ainda recomendo esse manga, mas é necessário uma certa dose de paciencia pra lê-lo até o fim.

DNA - Hum... esse manga é... diferente... É uma comédia de ação... onde Karin volta no tempo pra atacar um cara palerma (Junta) que se tornará o Mega Playboy e causará um explosão populacional... no fim, ela ela pega a bala errada que ao invés de inibir o “poder Mega Playboy” o cria! É... bem, a hitória não é o ponto forte desse manga... mas o desenho é lindo (do mesmo desenhista de Video Girl Ai) e o decorrer da história é divertido e tem umas lutas muito boas. Não é um manga que eu diria “obrigatório”, mas que é um otimo manga pra se divertir... isso é!

Delivery Service of Corpse - Gore... nojento... e bem legal... um grupo de estudantes, cada um com poder paranormal ou habilidade mórbida, resolvem lidar com casos envolvendo cadáveres (um dos caras tem poder de ouvir os pedidos dos mortos inclusive). A arte, não é o que se pode dizer de “bonito”, mas é muito boa, sendo bem adequada pois em se tratando de cadáveres seria estranho se fosse bonita. Se quer uma variada de estilo, mas mantendo a qualidade, DSC é uma ótima opção!

Dragon Ball e Dragon Ball Z - Eu comentei dele antes então apenas reafirmo... É idiota, sem sentido, mas muito divertido e extremamente viciante! Leia!

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Guia Básico de Mangás Traduzidos- pt 02 (A-B)

Voltando a minha lista de mangas que eu li... em vez de

continuar por ordem cronológica (reparei que tinham tantos

que perdi a conta de quando foi lançado) irei por ordem QUASE

alfabética (entenda-se só a primeira letra). E nada de considerar artigo

como primeira letra, então “A lenda de Kamui” iria no L e não no A.... 

Dito isso vamos lá.

Air Gear - Muita gente fica na bronca comigo por causa da minha opinião sobre esse mangaká (Oh!Great)... Mas é um fato, que as histórias dele são muito mal feitas e uma zuera total. Mas diametralmente oposto é o desenho, que é impressionante, tanto na beleza quanto nos designs doidos... Air gear é algo por aí. História que não vale a pena pensar demais, mas esteticamente ótimo. No geral, um manga divertido e bonito... recomendo praqueles que não ligam pra história!

Angelic Layer- Misture Sakura Card Captor com Pokemon e terá Angelic Layer. Ruim? Não. O manga é legal, mas não o suficiente pra ser considerado bom, ainda mais se compararmos com Sakura. Ainda assim é um manga da Clamp, bonito, divertido, mas nesse caso meio genérico e curto demais. Recomendo se você já leu Sakura, Chobits XXXhollic e Guerreiras Mágicas Rayearth e procura algo mais pra ler.

Abara- Esse é mais recente e composto de apenas dois mangas... Só vale pelo visual dark e sujo e design Animatrix. A história é uma zona, acaba no nada (quase literalmente), os personagens são totalmente inúteis e esquecíveis. Na falta de um Akira talvez goste desse, mas eu passo (li, curti o visual e já devolvi pro dono).

Akira- Só pra constar, eu falei dele nos mangás jurássicos (post anterior)

Bastard- Eu adoro esse manga (pelo menos do meio pra frente)... Humor tosco e politicamente incorreto, minas perdendo a roupa tanto quanto Tenjou Tenge, mitologia judaica junto com referências a Heavy Metal e um desenho bonito e grandioso. Tal qual Tenjou, o anime termina muuuito antes da coisa ficar legal, então não se engane. Pra esse manga, no entanto, são necessárias algumas coisas para ser curtido: 1-não levá-lo a sério, 2-não ser fresco em relação a piadas sexuais... e gostar de Heavy Metal dá um divertimento extra ao manga. Recomendo... do meio pra frente!

Bakuman- Ainda em andamento, não sei se posso recomendar. O manga é a história de dois jovens que tentam ser mangakas e ainda rolam uns romances entre o desenhista e uma colega de classe... Eu de fato estou curtindo bastante o pouco que li, mas não sei dizer se é legal pra todo mundo pois eu me divirto vendo que muitas dicas dadas aos rapazes são as mesmas que dou a meus alunos (inclusive as verdades ruins sobre o ramo)... Então, o que posso dizer é, o manga é tecnicamente muito bom (mesmos caras do death note) com várias nuances e sacadas legais... mas não sei se todo mundo reparará nelas e nem se o acharão tão divertido quanto eu acho... sorry.

Black Lagoon- Podem me xingar, mas esse é um dos raros casos onde eu acho que o anime é melhor que o manga. Por que? Por algumas razões simples, o traço do manga é bom, mas genérico, onde o manga podia pegar mais pesado que o anime... não o faz... e tem partes onde tem muuuuuuito diálogo, atochado em poucos quadrinhos. Nada contra dialogos, mas não num manga de ação... talvez no entanto seja só comigo, pois vi muito gunsmith cats (isso é manga de tiroteio de verdade). Então, nesse caso o manga não chega a ser ruim... mas prefira o anime.

Berserk- Um manga meio underground que virou pop... É muito bom, MAS não é pra qualquer um. Extra violento e extra nojento, é uma fantasia medieval (estilo Senhor dos Anéis) que usa como referência a pior época do mundo ocidental, a idade média, pobre, supersticiosa e assolada pela peste negra e por guerras. Juntando com um visual provavelmente inspirado nos demônios de Goya, Berserk é o que chamo de visceral... ou seja, palavras “sexy”, “kawaii” e “delicado” não estão em seu vocabulário. Recomendo para os doidos corajosos e burros pelo mundo!

Blade (of Imortal)- Não é de hoje que mangas misturam coisas modernas num manga de época, mas acho que tão exagerado quanto Blade nunca tinha sido feito. Na verdade, é uma história de samurais como tantas outras, MAS, com pequenos diferenciais que a tornam muito boa... um toque grotesco o cara é imortal... mas pode ser cortado em pedacinhos que nojentamente se regeneram e grudam... toques de cultura pop/street do Japão e arte artística e feita a lápis em alguns pontos. Da mesma forma que Berserk, Blade é visceral, mas nem tanto quanto esse... Altamente recomendado... mas não é para criancinhas, definitivamente.

Bt’X- HA, HA, HA!!! Clone do Cavaleiros do Zodíaco, do mesmo mangaka, é mal desenhado a história capenga e diálogos velhos e forçados e sem o charme clássico das armaduras e lendas do CDZ... caia fora.

Blood (The Last Vampire)- Manga one shot (história curta e fechada), é uma continuação do anime (OVA) de mesmo nome... e que graças a Deus nada tem a ver com a série chupada Blood + ... Outro manga visceral que começa com B... Com desenhos carregados e muito diálogo “psicológico” e nem tanta ação, fica bem abaixo do anime, mas não é ruim. Recomendado para os que curtem “gore” (ou violência nojetamente explícita) e fãs da série... mas, apesar do nome, não espere muito “vampiro” nesse manga!

Battle Royale- Mais um extra violento e quase hentai pra lista... O desenho nem é tão bom, mas adequado, mas a premissa é bem intrigante... “uma classe de colegial é colocada numa ilha e são dadas armas pra que se matem, só o vencedor volta pra casa”... Lados negros e fraquezas íntimas são expostas, ás vezes bem, as vezes forçadamente, mas no geral bem o suficiente para gerar no leitor um reflexão. Outro manga pesadão, mas recomendo (não me responsabilizo pelos hentaizão do manga).

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Guia Básico de Mangás Traduzidos- pt 01

Como prometido aqui vamos aos mangas da fase

pré-histórica, que você encontrará apenas em sebos

ou em eventos de quadrinhos, pois deixaram de ser publicados

ou suas editoras já fecharam as portas a muito tempo.



Ranma ½: Dizem (no caso, diz meu ex-chefe) que foi o primeiro mangá

licenciado aqui no Brasil e que os outros eram pirateados aqui. Acho que

é verdade... mas assim como Lobo Solitário e Crying Freeman esta tendo

reedições por outras editoras, me concentrarei em comentar apenas. Fujam das edições antigas caso as encontrem. Ranma tem uma impressão muito irregular, além de ser bem fina, já Lobo Solitário e Freeman são escuros demais, detonando os já carregados traços dos originais... mas a bem da verdade há de se admitir uma coisa... estes velhões aguentam bem o tempo. Tenho Ranmas que parecem que foram comprados ontem, de tão inteiros que estão!



A lenda de Kamui: Um bem desconhecido, mas excelente mangá de ninja estilão clássico! Nada de ninjas vestidos de laranja e sendo engraçadinhos, esse mangá é violentíssimo e não pega leve em nada. Nudez sem ser sexy, violência humana, violência contra animais e um japão feudal rude e mais realista... Se acha que Basilisk é um bom manga de ninja, experimente Kamui pra ver o que é um manga de ninja de verdade!

Imagem que achei no site
gibihouse.xpg.com.br
Legal ter gente que
preserva essas coisitas!

Mai a Garota Sensitiva: Do mesmo cara do Crying Freeman, Mai é um manga... mediano pra bom. O desenho em si não muda muito do jeitão de Freeman, ou seja, bonito, mas repetitivo, mas com a vantagem que em vez de homens musculosos temos mais minas colegiais. O tema de mina com poderes psíquicos (que hoje chamam de esper) até é legal, mas o fim decepciona... Recomendo comprar se achar barato!



AKIRA: Esse deixei em maiúsculas pois é um mangá quase obrigatório pros estudiosos e é excelente em vários aspectos. Cyber Punk na melhor definição do gênero, vai muito além do filme famoso, com mais personagens, mais violência, mais complôs, mais filosofia e mais doideras! O interessante é que ele não veio do Japão, mas dos Estados Unidos (que botou cor no mangá e ficou muito bom), e você pode encontrar Akira em três formatos, o primeiro que lembra mais quadrinhos americanos, finos e com papel de boa qualidade, depois temos o “blocão” que é grande como a versão japonesa mas com a cor e papel dos americanos, e finalmente a ultima reedição levemente mais grossa que o original e com papel mais grosso.

De qualquer forma Akira é um ótimo manga, mas confuso e nada bonitinho ou engraçado, então, nem todos vão curtir... mas eu recomendo!



Fase histórica



Em seguida temos os mangas do início da fase histórica, que são os mangas lançados pela JBC e Conrad e que se encaixam na descrição da introdução (impressão meia boca e mangas explosivos), em especial os da JBC.



Sakura Card Captor: Marcando o fim da fase áurea da Clamp, Sakura representa também um dos melhores trabalhos do grupo. Juntando menininhas “bunitinhas”, pequenos dramas e romances escolares, magia e o efeito “coleção” (ao estilo Yu-Gi-Oh e Pokemon), tudo com o belo desenho da Clamp, esse mangá é altamente indicado para meninas, mas se mantém bom também para marmanjos. Recomendo!





Video Girl Ai/Len: Eu particularmente acho o mangaká Katsura Masakazu um dos melhores no estilo “minas bunitinhas” (ou como otakus gostam de falar... Kawaii) e VGA é o manga que o lançou. É um ótimo manga, com boa história e ótimos desenhos. No entanto, ela sofre de dois males, o efeito “filler” onde pra aumentar a história se põe personagens e tramas nada a ver que nada contribuem pra história geral e que terminam sem fazer diferença alguma... e o fato do manga parecer velho demais em tudo (inclusive o fato da Ai sair de um video-cassete), roupas, prédios cortes de cabelo. Se você não se importar com isso e pular alguns número, então eu recomendo!



Samurai X: Ou Rurouni Kenshin é um excelente mangá. Une de maneira eficiente e fluída uma história sólida, baseada em fatos reais, com “super tecnicas de espada viajadas”, lutas forçadas (mas ótimas), comédia e personagens memoráveis. Pode parecer a primeira vista, mais um manga besta de samurais, mas não se engane, este manga é um clássico quase obrigatório!





Guerreiras Mágicas de Rayearth: Outro representante da fase áurea da Clamp, fica no meio entre outros dois mangas do Grupo. Não é tão lindo e épico como RG Veda (não publicado no Brasil) e nem tão kawaii e divertido quanto Sakura. Mas ainda é um manga bom e bem desenhado com um design bonito, só que meio genérico. Recomendo, mas não espere tanto desse manga.



Fushigi Yugi: De todos, acho que essa foi a “mancada” dessa geração. A mangaká emplacou sucessos seguidos, mas este foi o primeiro. Não é ruim, mas é feito para meninas e tem muito pouco apelo a outros segmentos (ou seja, eu achei chato) e apesar do desenho não ser ruim eu fico com a impressão ruim pois vejo a evolução da artista em trabalhos mais recentes. Só recomendo pras minas que adoram dramalhões em um mundo de fantasia... ... ... na verdade, acho que recomendo mesmo é pegar emprestado pra ler em vez de comprar.



Dragon Ball e Dragon Ball Z: Esse é um daqueles casos estranhos... o manga é bobinho, engraçadinho (e politicamente incorreto) e as lutas são boas, mas já vi melhores... MAS o treco vicia!!! Tecnicamente o manga não é tão bom, mas na prática é ótimo... porque? Teria que fazer um review completo pra explicar, então fico apenas no “eu recomendo”!



Evangelion: Se me recordo, Eva não era da primeira leva de mangás, mas achei legal encerrar essa primeira lista com ele. Eva veio depois do anime e muda o jeitão da história (não tanto quanto os filmes Rebuild que já comentei em outros posts) e dá uma perspectiva diferente desta sem estragar nada e acrescentando algumas coisas. Sem contar, no entanto, com a música e certos aspectos da animação diria que o manga e o anime são equivalentes... Ou seja, OBRIGATÓRIO pois este é um clássico que revolucionou todo o panorama dos mangas e animes, transformando-os no que temos hoje. Mesmo que não curta ficção científica e robôs gigantes, vale a pena ler o que der deste excelente manga!



E por aqui encerro a primeira parte desta longa lista! Espero que curtam e que ela ajude a decidirem o que ler.

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Guia Básico de Mangas Traduzidos- introdução

Seguindo minha idéia de contribuir com a formação de

otakus principiantes (a ponto deles notarem que se auto-denominar

otaku, além de paga-pau é meio tosco), fiz um guia sobre vários dos

mangás trazidos pro Brasil por editoras diversas.

Antes de falar dos títulos, vamos a alguns detalhes sobre os mangas

nacionais (assim que chamarei os mangás traduzidos e publicados aqui) em si.

Uma coisa importante a se reparar, caso você pense em escolher um mangá nacional pra ler, além da história que falarei mais adiante, é época em que foi publicado aqui, pois isso influi em duas coisas importantíssimas:

1-qualidade da impressão, onde nos mangas mais antigos a impressão era horrível, o preto ficava cinza, o cinza virava preto ou branco (desaparecendo completamente), retículas estouravam (fenômeno/lambança que ocorre em desenhos publicados em tamanhos diferentes do original ou em impressões mal feitas) e as letrinhas eram mal colocadas nos balões, entre outros casos...

2-qualidade do material e sua manufatura, onde os mais antigos já vinham com o papel amarelado, ás vezes amassado e a pior coisa... se você os abrisse um pouco mais eles explodiam! Era horrível ter um manga se desfazendo em suas mãos, com suas páginas caindo como folhas secas ao vento!

Comparando com os mangas originais japoneses... os antigos não tinham comparação... conseguiam perder em (quase) tudo. Somando ao fato de que naturalmente se perde qualidade na tradução, pra quem sabia ler em japonês sempre valia mais a pena ler o original em japonês. Em resumo, um mangá original você teria um manga, mais resistente, melhor impresso, feito com material superior e com ilustrações coloridas (a maioria dos nacionais até hoje trazem muitas destas em preto-e-branco)... único ponto a favor do nacional... era metade do preço!

Atualmente o abismo diminuiu consideravelmente... em ambos os casos... enquanto a qualidade aumentou também se aumentou o preço, sendo que em alguns casos o preço começa a chegar perto dos originais...

Então, como primeira escolha, se vai comprar os mangas originais em japonês ou os traduzidos... essa fica fácil de decidir... Se você é um fã sério e sabe falar japonês ou esta mais afim dos desenhos, vá pro original, pois além de curtir melhor seu manga ele vai durar muitas outras relidas. Mas do contrário vá pros nacionais sem nenhuma dúvida e sem tanto peso na consciência pois, apesar do dito abismo, você não perde tanta coisa dentro do que deseja.

Então logo iniciarei este guia com os mangas mais antigos... os da fase pré-histórica, que talvez você nem saiba que existam... e os primeiros da fase histórica...

Mas aviso que apesar de ter lido várias dessas séries, estou longe de ter lidos todas, então algumas dessas, me basearei na opinião de amigos que leram (deixando isso bem claro) e outras simplesmente ignorarei a existência!

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Sonhador... Só com o Steve Jobs isso é bom

Antes de mais nada, esse post eu redigi logo no dia 

seguinte a morte de Steve Jobs e mesmo assim é

relacionado a anime e manga (o post, não Steve Jobs...

ou melhor, não diretamente... ah... sei lá).

De fato, ele era um dos raros gênios reais, e fazia jus aos

vários adjetivos dados a ele pela mídia esses dias.

Mas isso me fez pensar algo... as palavras “sonhador” e

A Gainax era um bando de "sonhadores" hoje são
um dos melhores estudios de animes e mangas...
mas eu botei essa imagem só porque ficaria feio
um texto sem imagens nem nada!

“visionário” atribuídas a ele.

No caso dele são totalmente positivas, ou de forma mais simples... são elogios. Mas voltando ao mundo real, vemos outra coisa... ser sonhador como sinônimo de infantil, vagabundo,  desocupado e irresponsável... e visionário como idiota, estranho e pouco confiável...

Exagerado? Absolutamente não. Falo por experiência própria e até agora como professor de manga, mangaka e ilustrador, vejo meus alunos e colegas passando por isso. Alguns, realmente geniais (alguns até auto proclamados gênios) mas que ao chegarem as portas da faculdade, rumam pra longe da área artística, indo em direção a um emprego “normal e sério” e uma vida Simpsoniana (Homer ou Flanders, você escolhe!).

Soa ridídulo ouvir a exaltação de Jobs num mundo onde sufoca-se milhares ou milhões de outros “sonhadores visionários”. E em especial aqui no Brasil, onde, além do anti-Jobismo, se criou a cultura do curso e a ditadura dos certificados, onde a única forma de você aprender alguma habilidade é através de um curso de especialização e a única forma de comprovar sua “capacidade” é através de um diploma ou certificado (de preferência aprovado pelo MEC ou outra instituição que nada sabe sobre o assunto).

Se, caro leitor, acha que estou exagerando, façamos um “teste Jobs”... se esta na faculdade ou semelhante, fale para seus pais “vou parar a faculdade e fazer um curso de caligrafia”. Caso seus pais não surtem gritando “Vai trabalhar seu vagabundo” ou “Você é louco? vai jogar sua vida no lixo pra fazer caligrafia????” passe para parte seguinte, dizendo “acho que seguindo a caligrafia vou fazer uma engenhoca que vai revolucionar o mundo!”... Digamos que após essa você passaria uma looooonga noite conversando com seus pais, que incluiria “Filho, nós só estamos preocupados com seu futuro”, “é hora de parar de sonhar encarar a vida real”, “termine pelo menos a faculdade e depois vamos pensar nisso, ok?” e considerações de fazer outro curso de facu mais voltado pra área, mas mais normal (como arquitetura pra fazer manga, pois vocês sabem que como os dois tem desenho, são a mesma coisa... estou sendo sarcástico) ou até ir estudar no exterior... ou querem te internar em uma clínica pra drogados.

Lembre-se também que a explicação “Steve Jobs (ou outro gênio) fez isso e se deu bem!” sempre virá com a resposta “mas você não é Steve Jobs (ou outro gênio), isso funcionou com com ele”, então não se frustre tentando usar essa explicação.

O pior pensamento, no entanto vem quando lembro que existem alguns raros casos de “sonhadores” que recebem apoio da família e sociedade... Os apostadores de loteria e afins, os jogadores de futebol e os que tentam ir ao Big Brother ou afins...Estes não são incomodados ao fazerem suas fézinhas, ou quando o craque chuta pênalti e quebra a janela do terceiro andar (pois a culpa é da bola nova que os pais deram) ou quando o cara incomoda a vizinhança toda ao gravar seu vídeo sobre macaquices pra mandar pra TV... nesse caso até o contrário, a família inteira se mobiliza para ajudar a montar o vídeo e mostrar ao mundo quão idiota ou periguete é a mina ou cara!

Então, pensemos... se você ainda é o lado Jobs dessa peça de teatro, não direi, siga seus sonhos que eles se realizarão, pois de fato NÓS não somos Steve Jobs, mas se tem confiança, tente, pois talvez nós não sejamos gênios ou revolucionemos o mundo, mas chegarmos a um terço de Jobs, já nos torna bem sucedidos... e pra isso só é necessário dedicação e trabalho.

Se no entanto, você é o lado “pais”, imagino quão dura seja a situação, um futuro seguro e sólido sendo trocado por sonhos e ideias vagas... A vós digo, antes de mais nada, saibam ver a diferença entre ideais excêntricos e vagabundagem, pois seus filhos podem realmente serem artistas... E também digo, nem o “futuro sólido” é tão sólido e nem as “ideias vagas” são tão vagas. O risco ao apostar na genialidade ou qualidade artística é alto se você não tiver um Q.I. (quem indica), mas também não é o fundo do poço... e, da mesma forma, um curso de medicina ou direito ou uma carreira executiva, pode simplesmente ser um fiasco se a pessoa não os fizer direito ou fizer por pura pressão.

Já se você for do lado “sou muito novo (ou velho) pra pensar nisso”, se for novo, já dê uma pensada pois a hora de decidir vai chegar ou, se for velho, diria dê uma pensada e reflita se o que fez em sua vida (quer seja, carreira segura ou Steve Jobiana) realmente valeu a pena e fale disso aos pais e filhos que passam por esse dilema!

Para encerrar, um pensamento próprio meu (e não de Steve Jobs) onde talvez a grande qualidade dele (agora sim Steve Jobs) não seja a genialidade ou visão, mas talvez o fato dele ter continuado seu sonho independentemente do que diziam seus pais, amigos ou sociedade. Não é nada fácil e a chance de fracasso é grande... mas isso que torna Steve Jobs notável... e como eu já estou de saco cheio de Steve Jobs (por mais notável e genial que seja), paro por aqui dizendo... sonhem e façam minha aula!

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Review - Tiger & Bunny

Não é de hoje que eu tenho comentado
sobre animes fast-food, cheios de clichés,
situações forçadas, personagens pré-fabricados
e muito pouca dedicação dos criadores. Tiger and Bunny
 que vou comentar é uma exceção a regra, sem fugir dela...
 como isso é possível? Bem veremos agora.

Primeira coisa que chama a atenção nesse anime é o quesito
GRANA, MONEY, BUFUNFA, onde o anime parece ter
bastante a sua disposição, gasto em ótima animação e cgs... e outra coisa diferente nesse quesito é de onde vem parte da grana... Os heróis do anime são patrocinados e carregam as marcas dos patrocinadores em seus designs. Marcas de grandes empresas conhecidas inclusive cá no Brasil, como Namco Bandai, Amazon.com e Pepsi!!! Apesar de a poderosa Wikipedia não comentar, provavelmente rolou uma boa grana por isso pois essas empresas não botariam a nome delas por nada.

Bem, indo ao anime, a premissa é diferente, semelhante a Panty & Stocking o barato é “vamos zuar os americanos”... ou quase. No caso várias coisas altamente relacionadas aos gringos, como os campeonatos que se confundem com shows, o capitalismo quase religioso e uma lógica heróica meio descerebrada, além de alguns toques de Reality Shows...

A história fala da dupla de heróis Wild Tiger e Barnaby, cujo nome foi “abreviado” como Baany que tem a mesma pronúncia de Bunny pros japoneses (é lógico que as “orelhas” na armadura rosa também ajudam nesse apelido). Tiger é um veterano meio cabeçudo enquanto Bunny é um iniciante certinho, em estilo bem “Máquina Mortífera” de interação. Eles fazem parte de um campeonato transmitido pela HeroTV e onde prisões e salvamentos contam pontos, campeonato que possui até premiação de MVP (most valuable player, jogador mais valioso). E no decorrer da série aparecem dois vilões diferentes, o Lunatic, personagem muito loco (em vários sentidos) que é um cara que “mata pecadores” e a organização secreta Ouroboulos, que meio Iluminatti parece estar atrás de tudo que ocorre no anime.

Ok, interessante, até original... mas é bom? É, mas não pelo dito acima apenas. Os motivos que me fizeram curtir esse anime são bem diretos:

1-Arte e tecnologia acima da média, onde os cenários são bem feitos, os personagens são legais a animação bem feita e as cgs e efeitos especiais são muito bons! O porém disso é que as cgs continuam com o efeito “ei olhe pra mim, sou cg!!!” e assim como ocorreu com Vandread a tendencia é que fiquem ultrapassadas e se tornem toscas com o passar dos anos.

2-O campeonato é baseado na NBA! Onde se tem a questão de diferenças de gerações de atletas, a HeroTv (existe a NBATV), MVP e o vilão (SPOILER! SPOILER!) é o homem mais poderoso de Sternbild City, Albert Maverick, que é a cara do David STERN chefão da NBA... se o anime fosse um pouco mais recente diria que o nome Maverick foi escolhido por causa do time Dallas Mavericks que foram os campeões da NBA desse ano!

3-E provavelmente mais importante de tudo... os personagens e a história não são burros!!! Tá, alguns personagens são burros, mas é parte de suas personalidades... e eles as seguem com suas inseguranças, o que os tornam ás vezes fracos indecisos ou cabeça-dura, mas não temos situações forçadas como “se sabem que Orochimaru é um vilão, porque Tsunade e Jiraya deixaram ele ir embora?” ou “Porque temos que subir todas as casas do zodíaco em vez de dar a volta?”... no máximo tem o Tiger que não conta pra filha que ele é um super herói...

Bem, analisando tecnicamente... animação, como disse, muito boa, mas com tendência de ficar ultrapassada...



Som adequado pra bom... boas explosões tiros e tudo mais, as músicas não sobressaem mas combinam muito bem com o climão! Abertura e encerramento também são boas mas também nada especiais.

As vozes são muito boas, caindo muito bem aos personagens, mas aqui algo que nem sempre comento, é que é interessante ver que as vozes se beneficiam de bons diálogos, onde cada personagem além de ter um jeitão próprio tem até níveis de fala diferentes entre si, conforme seus jeitos de ser e forma de vida. Por exemplo, Blue Rose é uma colegial comum então não é tão polida, enquanto Origami Cyclone expressa pelo tom de fala e linguagem respitosa sua insegurança.

Então é um anime muito bom? Não, não cheguemos a tanto. É bom, mas a menos que façam outras temporadas, muita coisa ficou bem superficial e a relação entre personagens ficou meio fraca, onde o cara que faz as armaduras do Tiger e Bunny tem mais relevância que praticamente todos os outros heróis. Assim como a ambientação que ficou limitada, parecendo que, com excessão de Tiger e Bunny e Blue Rose, todo o restante não tem uma vida, mesmo tendo capítulos específicos “personagem X vive assim” que, na minha opinião, deixam tudo ainda mais artificial.

Então pra concluir... Fizeram um manga oneshot desenhado pelo Katsura Masakazu (Video Girl Ai, DNA e I”s)??? Taí algo interessante de se ver! Mas quanto ao anime... é um “fast food feito com carinho”. Foi feito (e pago) pra ser bom e cumpre o objetivo centavo por centavo, mas ainda é um fast-food, não é revolucionário e possivelmente poderá ser esquecido daqui a alguns anos quando sua cg não impressionar tanto.

Minha opinião, vale a pena assistir, ainda mais se quer um anime pra se divertir sem matar neurônios. Ademais, façam minhas aulas!

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Um pouco da História do Japão através dos mangas

Nakoruru-Não só marca um período
histórico, como também cultural
(ela é uma "índia" japonesa)

No textos sobre comics vs manga eu comentei que uma das enormes diferenças entre ambos é que o manga é usado como ferramenta de ensino e matutando entre minha coleção tanto de mangás quanto de comics reparei um possível porque dessa característica. Muitos mangas tem várias matérias e cultura geral embutidas em seus enredos. 


 Acho que isso fica mais claro um exemplo. O Brasil retratado em quadrinhos.


Nos comics americanos (no caso me recordo de três casos), o Brasil é lotado de florestas, índios ou favelas, assaltantes, campos de futebol e sambódromos, ou em resumo, o capítulo dos Simpsons no Brasil.


Nos mangas, Golgo 13 (bem antigão) mostras ruas do Rio de Janeiro... como uma cidade comum e depois ele vai pra uma favela. Há negros e brancos e algumas áreas de relva nativa, nada de floresta. Comenta-se de macumba e floresta e índio só quando ele vai pra Amazônia. Já Capitain Tsubasa (Super Campeões), lembro de um episódio onde Tsubasa esta numa praia... Ipanema? Não, como ele joga no São Paulo, ele esta na praia de Santos (litoral de SP).


Ambos os casos, não é uma cópia fiel da realidade, mas passa ainda uma idéia decente sobre o Brasil. O manga felizmente é em sua maioria é bem cuidadoso nesse sentido. Então temos realmente como aprender cultura geral e específica a partir de nossos mangás. E a principal matéria beneficiada é a história, em especial a história do Japão de 1500 até hoje. Então pra quem se interessa, aqui vai uma ajuda pra por em ordem cronológica a partir de mangas, animes e um ou outro jogo conhecido:


Onimusha - pega o ápice do período de guerras (sengoku) e é meio viajado... ok... é um jogo... mas dá pra ter uma idéia do jeitão das armas e roupas.


Vagabond- pega o fim do período de guerras mas o manga por enquanto ainda não chega até a unificação completa do Japão (segundo as histórias sobre Musashi, ele chega!).




Ninja Ressurection - Passou na Locomotion... muito bom, botei aqui porque tem uma enorme informação histórica (como a batalha que exterminou uma resistencia cristã no japão) e porque peguei o vídeo no youtube! Ademais, uma brincadeira interessante: Musashi (o mesmo do vagabond) aparece no anime, e o protagonista é Jubei Yagyu, cuja família caça o Lobo Solitário e enfrenta Jin do Samurai Champloo, Jubei também é o protagonista do Onimusha 2 e um dos lutadores do Samurai Spirits, junto com Hattori Hanzou que também aparece em Basilisk, que num flashback mostra Oda Nobunaga que é o vilão de Onimusha... incrível, não?



 Lobo Solitário, Basilisk e Samurai Spirits - Todos pegam o Japão unificado sob o shogunato de Tokugawa, já pegando a época dos descendentes do primeiro shogun. A história de Basilisk tem flashes do passado que ocorrem no mesmo ápice desse período de guerras... Com o já mencionado Oda Nobunaga (o vilão de Onimusha) atacando a vila de Iga. Mas a história mesmo se passa algumas décadas mais tarde.


Samurai Champloo, Samurai Deeper Kyo e Blade (of Immortal) - Essas já pegam do meio pro final do shogunato Tokugawa, que mesmo com os portos fechados pra estrangeiros, algumas armas de fogo e influências ocidentais pipocam por aqui ou ali... só que não levem nenhum deles tão a sério, NÃO HAVIA pixadores, nem rappers no Japão naquela época.


Peace Maker - Não muito conhecido, mas é um dos recentes que aborda o fim do shogunato (bakumatsu) especificamente o Shinsen Gumi... Sim, inclusive com Hajime Saito e vários eventos mencionados em Rurouni Kenshin... 


Samurai X (Rurouni Kenshin) - Se assistiu ou leu o anime, provavelmente se cansou de ouvir que se passava na era Meiji, após o fim do Shogunato... e diga-se de passsagem, já não é um passado tão distante (kenshin vive quase até 1900).


Gen, pés descalços e O Túmulo dos Vagalumes (Hotaru no Haka) - Pegam o período da Segunda Guerra Mundial e alguns anos após, o segundo deles (hotaru no haka) é do Hayao Miyasaki (Viagem de Chihiro e Castelo Animado)... ambos são bem tristes ao retratarem a míseria de um país destruído pela guerra.





A partir daqui já se pode pegar os mangas de suas próprias épocas pra entender a história do Japão... Eroguro (mas só leia se não for fresco, pois é nojento) pra pós-guerra até uns anos 60. Então Golgo 13, e Lupin III pros anos 60 e 70, Urusei Yatsura (Lum pros gringos e “aquele antigão da Rumiko Takahashi do Inuyasha” pra nós brasileiros) pros 80, Slam Dunk, GTO e Yuyu Hakusho pros 90, Love hina e Azumanga Daioh pros 2000 e nessa década diria Lucky Star e Densha Otoko.


E antes de encerrar, gostaria de apontar um detalhe que todos que leram ou assistiram algum desses mencionados devem ter notado... Não se força a aula de história goela abaixo. E em todos eles o contexto histórico vem naturalmente, nada equivalente a Mônica e Cebolinha vestidos de Dom Pedro e Princesa Isabel recitando trechos de livros didáticos (algo beeeem chaaaato).


Então encerrando. Você pode estudar muitas coisas só pelo mangá? Não, ainda um bom livro e bons professores são insubstituíveis, mas que um manga sobre o assunto torna tudo bem mais agradável isso é inegável (Olha, rimou). E até agora eu bem que tento introduzir essa idéia simples, mas ninguém se toca... Bem, façam minhas aulas e verão a força do manga como modo de estudo!!!... ... ... Tá nem tanto.

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