Otaku???

Um bom jeito de iniciar esta série de artigos é explicando,
“o que é um Otaku”.

Otaku, nós aprendemos nas escolas, é um jeito respeitoso de
definir a mim ou minha casa... isso no caso não tem nada a ver
com o Otaku de mangas.

            O Otaku, no Japão, é um termo pejorativo que define um
fanático por animes e mangas. Um erro bastante comum é definí-los como
nerds ou geeks, o que de fato não é tão errado, mas a tendencia é que estes
acabam sendo mais abrangentes do que um Otaku. Em outra ocasião talvez eu tente descrever as diferenças entre eles. Aparentemente é um termo que não tem gênero (masculino ou feminino) onde para diferenciá-los, fala-se “otaku no jousei” ou “otaku no dansei”, respectivamente otaku mulher e otaku homem. Já ouvi, aqui no Brasil, o termo Otome (donzela) para designar o feminino, mas acredito não ser o correto e imagino ter vindo essa idéia da “otome road”, rua especializada e otakas. Otaka, no meu caso é como eu gosto de chamá-las.

 

            Os Otakus não são excluídos da sociedade, mas tendem a ser considerados pouco sérios e acabam se excluindo, juntando-se em grupos e tendo seus próprios “nichos ecológicos”, com seus próprios termos, como os famigerados “moe” e “tsundere” e costumes. Isso de uns tempos pra cá, se tornou tão evidente que a cultura de otakus já aparece em filmes, mangas e animes. Nesse quesito, Lucky Star e Densha Otoko são dois exemplos que retratam bem este universo.

            Aqui no Brasil, o termo Otaku perdeu sua conotação negativa e muitos ostentam este “título” com orgulho e ao contrário do Japão, muitos ditos otakus não são tão fanáticos assim, sendo que são mais raros aqueles que colecionam todos os itens “obrigatórios”, a saber: DVDs de animes (aqui só se tem piratas e todos aceitam), Mangas, Figures (que muita gente nem sequer sabe o que é) e games (em especial, mmorpg como Ragnarok ou Warcraft).

            De fato, o dito otaku nacional normalmente é fanático apenas por uma série em especial (Naruto... infelizmente, Dragon Ball, etc.), fica impressionado, mas passados três meses do fim do seriado, o ânimo passa e ele volta a ser apenas um “admirador” de mangas e animes. Muitos dos que seriam realmente os Otakus do Brasil, no entanto, não gostam deste termo e odeiam ser comparados aos descritos anteriormente.

            Como opinião pessoal, prefiro definir em termos nacionais e de maneira diferente. Minha definição fica em: os fanáticos, os passageiros, que seguem a modinha (dá-lhe fãs de Naruto) e os especialistas, que gostam do que é bom e entendem por que gostam, não sendo por moda ou fanatismo... Os três poderiam ser considerados otakus, mas no fim, considero a catalogação divertida, mas inútil por um motivo simples... tal qual o Brasil não possui uma identidade, os fãs de anime espalhados pelo país tem menos ainda um perfil, que varia dependendo, não apenas pelas diferenças regionais, quanto também pelas diferenças econômicas, afinal manga aqui no Brasil é caro.

            Caso interesse, eu me enquadro, como dito na home, na categoria de especialista e não me considero um Otaku.