Acho que devem ter notado que a frequencia de posts daqui diminuiu. A razão é simples, estive de mudança de sala de aula, ou seja , agora oficialmente o Animanga pode ser considerado morto...
No entanto, ainda continuarei com minhas aulas em domicílio e em um novo endereço na Vila Mariana e quem sabe no futuro ressuscitar o bom Animanga de antigamente!
Então agora mais do que nunca digo, façam minhas aulas! Detalhes no post "sobre minhas aulas"!
Saindo de algo antigo e indo para o
recente Freezing!
Resumindo em tres palavras... “salada de fruta”.
Dificil entender, não? então indo pelo começo.
Num futuro a terra é invadida por aliens chamados
novas e a para combatê-los é desenvolvida uma
tecnologia especial (armas Volt) usadas por minas
chamadas Pandoras, tecnologia baseada nos próprios
Novas contra eles... Alguns anos após as primeiras
batalhas, o irmão de uma Pandora morta em batalha vai pra
uma escola de treinamento de pandoras seus parceiros limiters onde conhece a tsundere Satellizer el Bridget (a Rainha Intocável) super forte, mas que tem fobia em ser tocada... vários outros personagens por aí...
Muito bem, começando a descascar o abacaxi pra salada... o autor e desenhista é coreano (ok, não tenho preconceitos). Os nomes são absurdamente estranhos e vários deles lembram de outros animes como Kanduki Miyabi (kanzaki e miyabi eram duas vilãs de GTO), mas isso também não tem problema... o problema é, que tudo o que você vê lembra outra coisa que já viu.
Vejamos... os novas tem um formato não humanóide e usam um campo que impede qualquer ataque comum. Os limiters conseguem usar esse mesmo campo e neutralizá-lo, enquanto as Pandoras atacam os núcleos dos novas... e quase todos os jovens, pandoras e limiters, tem suas doideras pessoais... Troque, campo freezing por campo AT e pandoras por Evas e terá a descrição de Evangelion... coincidência? Eu acho que não... Isso sem falar que Pandora e Eva foram mulheres mitológicas que causaram a desgraça da humanidade, uma ao abrir um caixa, outra ao dar uma maçã...
Outro detalhe... as minas (só mulheres conseguem desenvolver seus poderes) ganham seus poderes quando recebem em seus corpos partes dos monstros que enfrentam. Cada uma desenvolve habilidades únicas e podem liberar esses poderes em escalas diferentes... e por falar em escalas, elas são organizadas por números de ranking... mas o uso de seus poderes tem um limite que se transposto faz com que as partes dos monstros em seus corpos tomem conta e elas se tornam seres híbridos... Só que Claire tem algo diferente das outras Claymores e... ah... ops... série errada... Só que Satellizer é diferente e mesmo sendo do segundo ano, consegue lutar contra Pandoras de nível muito superior ao dela...
Então Freezing é uma mistura de Evangelion + Claymore? Não, Freezing é uma mistura de um monte de animes (por isso salada de fruta)... onde temos estrutura de colégio (e lutas striptease) com jeitão de Ikkitousen, armaduras Knight Sabers de BubbleGum Crisis, jeito modernoso de Code Geass e até uma mina que usa a Corrente de Andromeda (até o som no anime é igual)... e isso só pra começar e sem viajar demais...
Mas algo deve ser dito... ao melhor estilo Kia Asamiya (famoso por suas saladas de frutas), o manga e o anime são bons. Os personagens são simpáticos, com exceção do Kazuya que segue o padrão “sou poderoso... coitado de mim”, as lutas são legais, a animação boa e até que a história não é tão ruim, ainda mais se considerar que há sempre a tentação de ficar no roteiro “peitos, peitos, luta, peitos, calcinha, peitos, luta...”, só que as maquinações e conspirações da trama são complicadas como um quebra cabeça de 2 peças... Temos menos nudez do que se esperava, e mais violência que o necessário...
Aqui abro uma bifurcação pra falar do anime e manga... Um é bem diferente do outro.
O anime é bonito, com um monte de cgs (caso ainda não saiba o que seja, vá ao meu post sobre tecnologia) um pouco exageradas demais como os brilhos dos limitbreaks (os super super poderes ou hyper poderes se preferirem) chamados de Pandora mode... Super peitos até que nem tão frequentes e considerando o tamanho dos da Sattelizer até que bem discretos... Música, nula... As lutas nem são tão boas assim... Uma em especial. Miyabi, após lutar contra Satellizer parte pra ignorancia e usa seus limiter para paralizar a heroína e aproveita e faz uma mini seção hentai em Satellizer, com direito a foto e tudo. Kazuya então consegue virar o jogo, liberando Satty (encheu ficar escrevendo o nome completo) e paralizando a vilã. Hora da desforra? Não, cortam direto pro fim onde Satty esta pronta pra enfiar sua espada no peito de Miyabi e é impedida pela presidente estudantil Chiffon...
Outra pausa pra comentar... Chiffon (parece nome de papel higiênico), Satellizer (compre agora mesmo pelo telefone que aparece em sua tela), Rana Linchen, Creo... Acho que esse anime supera Soul Eater em termos de nomes estranhos!
Voltando, dessa forma, o anime corre demais, mas dá umas paradas longas pra explicar a pseudo ciencia por trás das lutas...
Um detalhe legal é que a voz da Sattelizer é feita pela mesma dubladora da Yakkumo de School Rumble e Nodoka de Negima... e outro detalhe curioso sobre isso é... que as dubladoras da Satty e da Linchen (que são rivais) fizeram as vozes de Elsa e Angelica de Gunslinger Girls que foram as duas que morrem na série... E de dubladoras, ainda temos a famosa Yu Asakawa, a Motoko de Love Hina e Sakaki de Azumanga.
Pandora Mode do anime e do manga
Levemente diferente, não?
O manga é mais sólido... e vai com mais calma contando com as looongas explicações e looongos diálogos e o mais incrível, é a primeira vez que vejo o manga ter bem menos nudez que o anime! O traço é bonito, mas um pouco padrãozão demais pro meu gosto e dois detalhes me chamaram muito a atenção... O Pandora Mode, no mangá é uma armadura mesmo! E a Satellizer é mais assustadora no início, infincando sua delicada espada até o talo no peito da desafeta (no manga Chiffon chega depois). E as lutas são bem melhores, fazendo mais sentido e mostrando melhor que Satty é forte não só por sua força, mas ela também tem técnica e determinação fora do comum.
Voltando a unir os comentários sobre anime e manga, Freezing tem dois detalhes que achei meio ruim na boa condução da história... do jeito que comentei, parece que a protagonista é a Satellizer, mas na verdade é mais o Kazuya e ela junto dele... Nessas horas dá um medo de ler até o fim, pois em nome do dinheiro, atualmente mudam as histórias pra explorar a personagem popular e acaba ficando uma droga... o outro detalhe, ao comparar com Claymore e CodeGeass reparei que Freezing poderia muito bem não ser no futuro que não faria diferença alguma, pois armas são só as Pandoras, nada de tanques ou mechas, nada de dispositivos de comunicação ou de acesso móvel a internet (também conhecidos como celulares)... temos carros, mas também não tem relevancia... o que tem de moderno? Apenas os monitores de vídeo e o Burguer Queen... isso é um desperdício de possibilidades do roteiro...
Concluindo... GENÉRICO... mas melhorzinho dentre os genéricos... se já assistiu Claymore (que é bem melhor) e gostou, você deve curtir Freezing... Se curte o estilo animes modernosos com toneladas de cg esse é um anime decente... No geral, não é ótimo, mas é decentemente bom no que se propõe e eu curti, vale a pena assistir, só não espere um Evangelion de qualidade!
Internet, photoshop, faceboo, google, wikipédia, nuvens de dados...
Tudo isso faz parte de nosso dia a dia. Se a coisa tá assim aqui no
Brasil imagine no Japão que é apaixonado em tecnologia. E como
tudo no Japão via mangá, lá vou eu de novo comentar sobre o assunto!
Então, qual é o impacto da tecnologia me seu mangá favorito? Vamos ver!
Primeiro respondendo a pergunta inicial, provavelmente impacto tende a ser um
pouco retardado, porque raramente vemos um manga recente aqui no Brasil, sendo
que o máximo que ocorre é que alcançamos a numeração japonesa, como é o caso de Evangelion e Gantz...
Bem, mas voltando ao assunto primeiro vamos chutar o pau da barraca e falar sobre tecnologia em geral...? Nem pensar, tem tanta coisa a se comentar nesse assunto que não daria certo, pois envolveria até você baixar animes, jogos, etc...
Então indo ao que interessa... a parte que esta diretamente relacionada com anime e manga... nesse quesito, temos as famigeradas cgs (computação gráfica), que muitos falam que não curtem, mas na verdade adoram... que podem ser desde um cenário desenhado com um tablet (que pouco tem a ver com ipad) até modelos em 3d (que nada tem a ver com o 3d do cinema)...
Só pra explicar, tablets são canetas e “tabuas” que passam cada traço feito com elas diretamente para o computador... e 3d ao que me refiro, são gráficos vetoriais em 3d... que para os leigos = Shreck 1 e 2, Toy Story 1 e 2 ou Backyardigans!
Então qual o barato disso tudo? Simples... A TECNOLOGIA É UMA REALIDADE INEFÁVEL... não importa o que fará você topará com a tecnologia cedo ou tarde.
Tanto nos animes quanto nos mangas essas tecnologias agora estão onipresentes em todos as novas produções. Agora isso é bom ou mau? Como sempre depende... no início eram as trevas dos pcs 486... e as primeiras versões de photoshop. Nesse momento, usar tecnologia significava tosco, pois ficava tudo terrivelmente desbalanceado, quase como se você tirasse uma foto da Barbie e colocasse em seu manga... Como exemplo, Akira cuja excelente animação tornava a solitária cg bem idiota...
Depois a qualidade foi melhorando e a tecnologia signficava... tosco... MAS falávamos esse tosco é incrível!!! Foram os anos de Vandread e Candidate for Goddess... onde a parte 3d nada tinha a ver com os animes... mas eram...3d... dignos de um jogo de playstation 1!!! Ok, eu falei, eram toscos, mas muitos curtiam (eu achava meio tosco)... mas que culminaram em Blood the Last Vampire e Ghost in the Shell.
Aí virou festa!!! Cgs pra tudo quanto é lado... filtros para dar uma cor... descolorida... modelos em 3d... luzinhas piscantes e outros efeitos especiais... caro e com resultados variados... exemplo? Final Fantasy o filme e Animatrix... que mostraram que tecnologia por si só não significa qualidade...
Atualmente vemos graus diferentes de utilização da tecnologia, mas a euforia passou um pouco... ou diria... talvez só estejamos dando uma respirada... mas no geral, agora estamos num momento interessante... a tecnologia voltou a ser usada como ferramenta e não como um fim em si... apenas torna animes mais bonitos, sem o efeito “olha pra mim” das cgs antigas... no caso, é um brilho a mais nos olhos, ou um entardecer com cores vibrantes, um carro em movimento ou o chão “correndo” sob o personagem...coisas que poderiam ser feitas na mão mas que com certeza ficam melhores hoje feitas no computador... Deus salve o cellshading!!!
Masamune Shirow foi um dos pioneiros
em cgs... e como outros pioneiros
fez vários hentais
Infelizmente, no setor manga a coisa não vai tãaaaao bem assim... que é um dos motivos desse post... vendo Macross the First, o manga de minha série favorita, fiquei abismado com a capacidade de a tecnologia sair pela culatra, no bom sentido... o desenho é lindo... as cgs são boas... os dois juntos... parece juntar água e óleo...
As cgs em mangás, acredito eu, ficaram bem atrasadas ás em animes talvez por um motivo idiota... graficamente as cgs eram mais úteis na pintura colorida... mas mangás são preto e branco e retícula... retículas tinham efeitos melhores que as cgs... então... dane-se cgs. Só agora com pcs melhores, programas scanners e tablets mais potentes e baratos ficou acessível e mais útil um japones usar cgs... e só agora alguns estão se dando conta das possibilidades... e vários estão num estágio “olhe minha cg bonita”...
Um desenho meu feito 100% no pc...
ainda estou me acostumando também!
Texto meio viajado, mas no fim, é algo bom ou ruim? Nem um nem outro! No fim a tecnologia é apenas mais uma ferramenta ou falando bonito... mais um médium (nada a ver com nosso lar... ou lar deles... que meu não é) a disposição do artista... e como tal não é bom ou ruim... o problema fica em como usá-lo... Gantz em manga e Fullmetal Panic em anime são exemplos bons de boa utilização... Macross the first é de potencial desperdiçado (mas ainda vou continuar comprando o mangá)... Paradise Kiss e seus cenários photoshopados é um exemplo de má utilização...
Concluindo... nada contra... e no meu caso, em vez de arranjar uma marreta, arranjei um tablet... e estou curtindo sem deixar de curtir meus desenhos em papel (de fato, ainda prefiro em papel)...
Um detalhe extra... tecnologia é 100% melhor na hora de fechar um mangá e mandar pra gráfica... só de pensar em como se faziam as falas antigamente me dá calafrios...