Guia Básico de Mangás Traduzidos- pt 01


Como prometido aqui vamos aos mangas da fase
pré-histórica, que você encontrará apenas em sebos
ou em eventos de quadrinhos, pois deixaram de ser publicados
ou suas editoras já fecharam as portas a muito tempo.



Ranma ½: Dizem (no caso, diz meu ex-chefe) que foi o primeiro mangá
licenciado aqui no Brasil e que os outros eram pirateados aqui. Acho que
é verdade... mas assim como Lobo Solitário e Crying Freeman esta tendo
reedições por outras editoras, me concentrarei em comentar apenas. Fujam das edições antigas caso as encontrem. Ranma tem uma impressão muito irregular, além de ser bem fina, já Lobo Solitário e Freeman são escuros demais, detonando os já carregados traços dos originais... mas a bem da verdade há de se admitir uma coisa... estes velhões aguentam bem o tempo. Tenho Ranmas que parecem que foram comprados ontem, de tão inteiros que estão!



A lenda de Kamui: Um bem desconhecido, mas excelente mangá de ninja estilão clássico! Nada de ninjas vestidos de laranja e sendo engraçadinhos, esse mangá é violentíssimo e não pega leve em nada. Nudez sem ser sexy, violência humana, violência contra animais e um japão feudal rude e mais realista... Se acha que Basilisk é um bom manga de ninja, experimente Kamui pra ver o que é um manga de ninja de verdade!





Imagem que achei no site
gibihouse.xpg.com.br
Legal ter gente que
preserva essas coisitas!
Mai a Garota Sensitiva: Do mesmo cara do Crying Freeman, Mai é um manga... mediano pra bom. O desenho em si não muda muito do jeitão de Freeman, ou seja, bonito, mas repetitivo, mas com a vantagem que em vez de homens musculosos temos mais minas colegiais. O tema de mina com poderes psíquicos (que hoje chamam de esper) até é legal, mas o fim decepciona... Recomendo comprar se achar barato!



AKIRA: Esse deixei em maiúsculas pois é um mangá quase obrigatório pros estudiosos e é excelente em vários aspectos. Cyber Punk na melhor definição do gênero, vai muito além do filme famoso, com mais personagens, mais violência, mais complôs, mais filosofia e mais doideras! O interessante é que ele não veio do Japão, mas dos Estados Unidos (que botou cor no mangá e ficou muito bom), e você pode encontrar Akira em três formatos, o primeiro que lembra mais quadrinhos americanos, finos e com papel de boa qualidade, depois temos o “blocão” que é grande como a versão japonesa mas com a cor e papel dos americanos, e finalmente a ultima reedição levemente mais grossa que o original e com papel mais grosso.

De qualquer forma Akira é um ótimo manga, mas confuso e nada bonitinho ou engraçado, então, nem todos vão curtir... mas eu recomendo!



Fase histórica



Em seguida temos os mangas do início da fase histórica, que são os mangas lançados pela JBC e Conrad e que se encaixam na descrição da introdução (impressão meia boca e mangas explosivos), em especial os da JBC.



Sakura Card Captor: Marcando o fim da fase áurea da Clamp, Sakura representa também um dos melhores trabalhos do grupo. Juntando menininhas “bunitinhas”, pequenos dramas e romances escolares, magia e o efeito “coleção” (ao estilo Yu-Gi-Oh e Pokemon), tudo com o belo desenho da Clamp, esse mangá é altamente indicado para meninas, mas se mantém bom também para marmanjos. Recomendo!





Video Girl Ai/Len: Eu particularmente acho o mangaká Katsura Masakazu um dos melhores no estilo “minas bunitinhas” (ou como otakus gostam de falar... Kawaii) e VGA é o manga que o lançou. É um ótimo manga, com boa história e ótimos desenhos. No entanto, ela sofre de dois males, o efeito “filler” onde pra aumentar a história se põe personagens e tramas nada a ver que nada contribuem pra história geral e que terminam sem fazer diferença alguma... e o fato do manga parecer velho demais em tudo (inclusive o fato da Ai sair de um video-cassete), roupas, prédios cortes de cabelo. Se você não se importar com isso e pular alguns número, então eu recomendo!



Samurai X: Ou Rurouni Kenshin é um excelente mangá. Une de maneira eficiente e fluída uma história sólida, baseada em fatos reais, com “super tecnicas de espada viajadas”, lutas forçadas (mas ótimas), comédia e personagens memoráveis. Pode parecer a primeira vista, mais um manga besta de samurais, mas não se engane, este manga é um clássico quase obrigatório!





Guerreiras Mágicas de Rayearth: Outro representante da fase áurea da Clamp, fica no meio entre outros dois mangas do Grupo. Não é tão lindo e épico como RG Veda (não publicado no Brasil) e nem tão kawaii e divertido quanto Sakura. Mas ainda é um manga bom e bem desenhado com um design bonito, só que meio genérico. Recomendo, mas não espere tanto desse manga.



Fushigi Yugi: De todos, acho que essa foi a “mancada” dessa geração. A mangaká emplacou sucessos seguidos, mas este foi o primeiro. Não é ruim, mas é feito para meninas e tem muito pouco apelo a outros segmentos (ou seja, eu achei chato) e apesar do desenho não ser ruim eu fico com a impressão ruim pois vejo a evolução da artista em trabalhos mais recentes. Só recomendo pras minas que adoram dramalhões em um mundo de fantasia... ... ... na verdade, acho que recomendo mesmo é pegar emprestado pra ler em vez de comprar.



Dragon Ball e Dragon Ball Z: Esse é um daqueles casos estranhos... o manga é bobinho, engraçadinho (e politicamente incorreto) e as lutas são boas, mas já vi melhores... MAS o treco vicia!!! Tecnicamente o manga não é tão bom, mas na prática é ótimo... porque? Teria que fazer um review completo pra explicar, então fico apenas no “eu recomendo”!



Evangelion: Se me recordo, Eva não era da primeira leva de mangás, mas achei legal encerrar essa primeira lista com ele. Eva veio depois do anime e muda o jeitão da história (não tanto quanto os filmes Rebuild que já comentei em outros posts) e dá uma perspectiva diferente desta sem estragar nada e acrescentando algumas coisas. Sem contar, no entanto, com a música e certos aspectos da animação diria que o manga e o anime são equivalentes... Ou seja, OBRIGATÓRIO pois este é um clássico que revolucionou todo o panorama dos mangas e animes, transformando-os no que temos hoje. Mesmo que não curta ficção científica e robôs gigantes, vale a pena ler o que der deste excelente manga!



E por aqui encerro a primeira parte desta longa lista! Espero que curtam e que ela ajude a decidirem o que ler.

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