Review - Super Robot Wars O.G. Divine Wars... odeio nomes gigantes

Robôs robôs e mais robôs... obviamente é o que se espera
 de Super Robot Wars (ou Super Robot Taisen... ou como
 chamarei SRW)... mas há alguma chance de isso ser um
bom jogo e ainda mais, um bom anime? Vamos ver!



Detalhes históricos:



1- Super Robo é um subgênero de Mecha (Lê-se “meca”), onde os robôs tem jeitão super herói e parecem ter até personalidade, parecendo seres vivos (até se cansando) sendo mais que apenas um veículo estiloso. E os pilotos parecem ligados aos robôs, no bom sentido... acho... e sentem cada golpe!

2- Se você tem um videogame em casa você tem grande chance de poder jogar alguma versão do jogo SRW, já que ele tem versões que vão desde o super nintendo passando por praticamente todos os consoles desde então, contando com uma dezena deles para playstation e playstation 2...
Min Mei (Macross) Misato (evangelion) e Helena
(Gundam Wing) numa mesma ilustração  e ainda
desenhadas por Urushihara?Só por isso já se
curte o jogo!

Falando do jogo é um estilo tactics (algo como um super jogos de xadrez) e seu principal atrativo era a reunião de vários robôs e personagens de diversos animes de diversas épocas, que emocionam qualquer fã do gênero! No meu caso, ver um ataque de Hikaru, Max e Miria (de Macross) junto com alguns gundams, orientados pela Misa (Macross) e Misato (Evangelion) ao som de Min Mei (Macross) é bem legal!

Apenas pra se ter uma idéia, participam robôs dos animes: série Gundam (desde o primeiro, contando com Gundam X, God Gundam e Gundam Boys... digo, Gundam Wing), série Mazinger (o MazinKaiser é um dos “fodões”), série Getter Robot, série Macross, Evangelion, Goddaner, Voltes V, Gunbuster, Iczer, Raxephon, Robo Gigante, Gaogaigar (e trocentos outros antigões que provavelmente ninguém conhece)... e conta até com participação do Arbalest e Bontakun de FullMetal Panic!!! Ou seja... quer jogar com um robô que é um “deus”, ou com uma aeronave de combate, ou um robo que ataca com ioiôs, ou um robo que fica doido e come os outros, com um piloto emo, ou com um robô cheio das metralhadoras com um palhaço pilotando ou até com uma armadura em forma de bicho de pelúcia? Nesse jogo VOCÊ PODE!!!



Terminada a parte histórica, vamos pensar... é um bom jogo? Sim é! Mas não é pra todos... Pra curtir esse jogo você precisa dos seguintes requisitos: a) ser otaku ou semelhante ou pelo menos gostar de animes de Mechas, b) gostar de jogo estilo tactics, c) ter paciência e boa estratégia (lembra que comentei sobre xadrez? mas no quesito estratégia, nada que um bom walkthrough não resolva) e d) saber lidar com a frustração de demorar meia hora num cenário, morrer e ter que começar tudo de novo... É um jogo difícil e nem sempre você vai encontrar versão em inglês... ou seja, é um jogo bem específico pra um tipo de jogador... o otaku clássico! E de fato faz tanto sucesso nesse nicho ecológico que virou paródia no anime Lucky Star!



De extra, muitas ilustrações são feitas pelo famoso desenhista (hentai) Satoshi Urushihara, que foi uma excelente escolha, afinal o traço dele tem um jeitão antigão combinando com o clima meio retrô do jogo...

Mas SRW tem um anime... quando soube disso minha primeira reação foi de espanto, “um anime cheio de grandes personagens de vários outros animes??? Preciso ver isso!!!”... mas infelizmente não é nada disso, afinal no título (Super Robot Wars O.G. Divine Wars) o O.G. significa Original Generation, que podemos traduzir como “estamos usando o nome SRW apenas pra ganhar dinheiro num anime genérico de robôs”, ou “é uma desculpa pra copiarmos Gundams e outros robos sem nos preocuparmos com reclamações de plágio”... enfim, nada de Eva+Macross+Gundam (que é o que me interessa)... Uma analogia que faço é dizer “seleção brasileira OG” e pegar jogadores bons da série B do brasileiro...


Então pensando no anime... a animação é padrão (pra baixo) da época, onde os melhores momentos acabam sendo os robôs (copiados de outros famosos) em cg, as vozes são muito boas e a música... Bem, a música é uma das poucas coisas que realmente remetem ao jogo, com abertura cantada pela banda JAM Project, que pra quem não sabe, é especializada em animes (e figurinhas constantes nos Anime Friends) onde temos cantores que fizeram as aberturas de Dragon Ball, One Piece e trocentos Tokusatsu (caso ainda não saiba o que é Tokusatsu, há um review sobre o assunto nesse blog)...

Agora, como sempre, pensemos... o anime é bom? Resposta: decente... apesar de ser um genérico dos animes do jogo, pelo menos eles pegam bons cliches pra copiar, como o do jovem que em meio a uma batalha, entra num robô e detona todo mundo (ao melhor estilo gundam), vilões que falam sempre falam como se estivessem fazendo discursos, a capitã de nave espacial genial mas inexperiente, o velho capitão de quepe que cobre um dos olhos, etc...

O que me faz diminuir o meu apreço pelo anime é que eles zuaram num pequeno detalhe... a enorme quantidade de personagens e suas histórias... Isso ocorre no jogo, mas não tem problema (e até é legal) porque conhecemos (ou quase) os personagens por seus respectivos animes, ou inversamente, se gostarmos dos personagens podemos ir até seus animes pra entendermos o que ocorreu. No anime SRW, mais e mais personagens aparecem, são jovens com habilidades especiais, irmão contra irmão, soldados amigos que agora estão em lados opostos, cavalheiros em rixas antigas tudo em poucos episódios... e com o agravante que quase todos ao pilotar usam capacete e estes são quase todos iguais e escondem o cabelo o que dificulta ainda mais saber quem é quem...

Pra não ser injusto, há um personagem que tem algo a veio do jogo e tem um anime próprio que influencia este anime... o Cybuster com seu piloto Masaki e seu respectivo megavilão, Granzon pilotado pelo megapilotovilão Shu, além da corporação vilã também se chamar DC! Mas, outro probleminha é... o Cybuster do SRW é o do jogo e nada tem a ver com o anime Cybuster!!! Argh!!!

Por isso nem pretendo entrar muito no quesito história... que resumindo muito é... terra vs. aliens, então ocorre uma guerra civil então, formam-se dois exércitos opostos, a Federação e os vilões DC (nada de Spok vs Batman)... nisso temos as batalhas e trocentos personagens, muitos deles inúteis e supérfluos...

Então... vale a pena assistir? Não machuca e até é interessante, mas pra ser sincero com tantas séries de gundam por aí afora, SRW fica meio bobo por nem ser sério e sólido como Gundam ou Macross e nem ser zuado e exagerado como animes de Super Robo... Eu curti por ser professor de manga e rir da “brincadeira” sobre esse subgênero, mas não recomendo... Não é um estilo “não assista”, mas a menos que você curta muito Mechas provavelmente vai achar esse anime confuso e decente no máximo...

Comentários:

Postar um comentário